NOTA: NOVA ORTOGRAFIA

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Novas regras da ortografia de acordo com o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!
Bruno Olímpio
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Bruno Olímpio
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NOVA ORTOGRAFIA: a língua é viva, pulsante. Assim, palavras e expressões em voga num período, caem em desuso em outro. Não há academias que possam deter a dinâmica histórica de uma língua. O Novo Acordo Ortográfico busca um consenso, ele não modifica (e nem poderia fazê-lo) nossa forma de falar, mas procura padronizar/unificar a escrita da língua portuguesa, ou seja, faz mudanças apenas gráficas na comunidade de países de língua portuguesa - CPLP.Desde 1º de janeiro de 2009, estão em vigor no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem o objetivo primordial de unificar a ortografia nos países que têm o português como língua oficial. Ao fazê-lo, pretende garantir maior status à língua portuguesa no plano internacional, facilitando o intercâmbio cultural, comercial e jurídico-institucional entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).Tais medidas, entretanto, não têm aplicabilidade imediata. O decreto legislativo assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um período de transição para a aplicação das novas regras: de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015. Nesse período, as duas grafias são reconhecidas como oficiais. No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2016, a ortografia oficial vigente será aquela assentada nas bases do Acordo Ortográfico.Pela fala expressamos a melodia da língua. É um processo quase intuitivo, que praticamos quando expiramos com maior ou menor força. Na escrita, utilizamos recursos gráficos para “ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, ora apontando a sílaba tônica, ora indicando se o som vocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinais diacríticos (um signo gráfico que se associa a uma letra para lhe dar uma característica fonética diferente daquela que a letra possui isoladamente); exemplos de sinais diacríticos: temos a "cedilha" (ç), o "acento agudo" (á), o "til" (ã), o "acento circunflexo" (â) e o "acento grave" (à).A acentuação gráfica, que é tratada nas Bases "VIII, IX, X e XI" do Acordo, é o tema em que se verifica o MAIOR ÍNDICE DE ALTERAÇÕES, se considerada a quantidade de palavras que tiveram a grafia modificada. De modo geral, as modificações se concentram: *nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’), *naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e *nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’).1) COMPOSIÇÃO DO ALFABETO: O alfabeto passa a ter 26 letras a partir da inclusão das letras "K", "W" e "Y". Temos, portanto: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Com esta reintrodução, temos por exemplo, estas letras compondo a escrita de símbolos de unidades de medida. Exemplos: km (quilômetro) e W (watt), e em palavras de origem estrangeira, como show, windsurf e playboy.2) ELIMINAÇÃO DO TREMA: Não se usa mais o trema (sinal colocado sobre a letra "u" para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos "gue, gui, que, qui"). Exemplos: linguiça, cinquenta, ensanguentado, pinguim, eloquência, eloquente, sequestro, tranquilo, tranquilidade. OBS: O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e em palavras dele derivadas. Exemplo: ‘Hübner’, ‘hüberiano’, ‘Müller’, ‘mülleriano’.3) USO DO H:#Mantém-se o "h" inicial na seguintes situações: *em razão da origem da palavra: homine -> homem; habitus -> hábito *por convenção: hã? hem? hum! (interjeições) *quando está no segundo elemento que se liga ao primeiro por hífen: super-homem, sobre-humano, anti-higiênico, anti-horário *no final de interjeições: ah! eh! ih! uh!#Elimina-se o "h" inicial nas seguintes situações: *nos vocábulos compostos, em que o segundo elemento se aglutina ao primeiro: Exemplos: re + habilitar -> reabilitar re + humanizar -> reumanizar re + habitar -> reabitar re + hospitalizar -> reospitalizar re + hidratar -> reidratar re + haver -> reaver4) REGRAS DE ACENTUAÇÃO: *não se usa mais o acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

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OBS: O acento PERMANECE:a) nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram os ditongos abertos "ei", "oi" e "eu". Exemplos: hotéis, heróis, papéis, troféu, troféus.b) nas paroxítonas terminadas em "r", como em: destróier.c) nos monossílabos tônicos: "dói", "méis", "réis" e "sóis" *Elimina-se o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais "i" e "u" quando vierem depois de um ditongo.

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*Elimina-se o acento circunflexo nos seguintes casos:a) Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’, ‘ver’ e seus derivados.

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b) na vogal tônica do hiato "oo" em palavras paroxítonas, seguidas ou não de "s".

OBS: hiatos: a regra do "i" e do "u" tônicos, precedidos de vogal e formando sílaba sozinhos ou com "s", CONTINUA A MESMA, são acentuados e constituem hiatos. Exemplos: a - í (advérbio de lugar) a - la - ú - de je - su - í - ta e - go - ís - mo sa - ú - de ga - ú - cho *quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verifica-se o fenômeno da homografia. As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som, apresentarem os mesmos traços fonéticos. Para a Ortografia isso representava um complicador, daí a criação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou circunflexo –, a fim de que, mesmo se tomadas isoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que indicassem a qual campo semântico pertenciam.Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não mais se distinguem palavras homógrafas, OU SEJA: não se usa mais o acento diferencial em "pela, pelo, polo, pera, para". Exemplos:

OBS: Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:a) ‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição);b) ‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de ‘pode’ (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)c) tem (verbo na 3° P/S) / têm (verbo na 3° P/P) *é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Por exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?QUADRO RESUMO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA:

OBS: Pela nova regra não se usa mais o acento agudo no "u" tônico dos grupos "gue, gui, que, qui". Exemplos: argui, arguis, averigue, apazigues.5) EMPREGO DO HÍFEN: O hífen, como garante a sua origem, existe para unir e não para “separar”. Ainda quando “separa”, para evitar a criação de uma sílaba indesejada e, assim, indicar uma melhor pronúncia, como em ‘mal-humorado’, ‘pan-hospitalar’, ‘sub-reino’, a sua simples presença preserva a “unidade semântica e sintagmática” do vocábulo, expressão usada no Novo Acordo Ortográfico. Eis os casos em que, segundo o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa, emprega-se o hífen:Exemplos em que o hífen aparece em casos de palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixo, por exemplo:AERO - AUTO - EXTRA - MACRO - PROTO - SOBRE - AGRO - CIRCUM - GEO - MICRO - PÓS - SUB - ALÉM - CO - HIDRO - MINI - PRÉ - SUPER - ANTE - CONTRA - HIPER - MULTI - PRÓ - SUPRA - ANTI - ELETRO - INFRA - NEO - PSEUDO - TELE - AQUÉM - ENTRE - INTER - PAN - RETRO - ULTRA - ARQUI - EX - INTRA - PLURI - SEMI - VICE a) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro elemento: Exemplos:

b) Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por "h": Exemplos: Anti-higiênico Anti-horário Auto-hipnose Macro-história Mini-hotel Proto-história Super-homem Ultra-humanoc) Em palavras com prefixo terminado por VOGAL + VOGAL IGUAL, usa-se hífen:

EXCEÇÃO: Caso o prefixo da primeira palavra for "co" e a segunda parte da palavra composta começar com a vogal "o", aí NÃO SE USA HÍFEN, como por exemplo: cooperar e coordenar.CUIDADO: Tudo que se refere à ORTOGRAFIA costuma vier acompanhado de exceções e precisamos estar sempre atento à elas.d) Em palavras com prefixo terminado por VOGAL + VOGAL DIFERENTE, NÃO SE USA HÍFEN: Exemplos: Auto + estrada -> autoestrada Agro + industrial -> agroindustrial Ante + ontem -> anteontem Anti + educativo -> antieducativo Extra + oficial -> extraoficial Auto + aprendizagem -> autoaprendizagem Co + autor -> coautor Infra + estrutura -> infraestrutura Semi + analfabeto -> seminanalfabetoe) Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por "r".

f) Em palavras com prefixo terminado por VOGAL + S ou R, NÃO SE USA HÍFEN e duplica-se a consoante: Exemplos: Ante + sala -> antessala Contra + senso -> contrassenso Mini + saia -> minissaia Ultra + som -> ultrassom Anti + social -> antissocial Anti + racista -> antirracista Anti + rugas -> antirrugas Sobre + saia -> sobressaia Contra + regras -> contrarregrasg) Quando o prefixo termina por consoante, usa-seo hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante: Exemplos: Inter + racial -> inter-racial Hiper + resistente -> hiper-resistente Super + romântico -> super-romântico Sub + bibliotecário -> sub-bibliotecárioOBS: Nos demais casos, onde não temos consoantes iguais, NÃO SE USA O HÍFEN. Exemplos: Hiper + mercado -> hipermercado Inter + municipal -> intermunicipal Super + interessante -> superinteressanteh) Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, "m" ou "n".

i) Quando o prefixo termina por consoante, NÃO SE USA O HÍFEN se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: Hiper + ativo -> hiperativo Inter + escolar -> interescolar Super + econômico -> supereconômico Super + aquecimento -> superaquecimento Inter + ação -> interaçãoj) Em palavras com os pseudoprefixos (palavras quem nem sempre exercem função de prefixo, pois fazem sentido próprio sozinhas), "recém", "além", "aquém", "sem", "pós", "pré", "ex", "vice", usa-se SEMPRE o hífen. Exemplos: Recém-nascido Pré-datado Pós-graduação Ex-presidente Pré-vestibular Recém-casados Além-túmulo Vice-presidente Sem-terrak) O HÍFEN É ABOLIDO quando já se perdeu a noção de que a palavra é composta. Exemplo: Girassol Madressilva Paraquedas Pontapé Mandachuval) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:

m) NÃO SE USA HÍFEN na formação de palavras com NÃO! Exemplos: não comparecimento não verbal não presença não visual não pagamenton) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento que se segue, uma unidade sintagmática (relação de dependência) e semântica.

OBS: A Academia Brasileira de Letras, responsável pela língua pátria, diz o seguinte: "Pelo novo acordo, o prefixo BEM só não terá hífen se o segundo elemento for um derivado de fazer ou querer: benfazejo, benfeito (a), benfeitoria, benquerer, benquerença, etc. O advérbio "bem" é usado COM HÍFEN em todos os outros casos: bem-administrada, bem-elaborada, bem-estar, bem-criado, bem-falante, bem-aventurado, bem-humorado, bem-vindo, bem-te-vi, bem-sucedido, bem-nascido, etc.o) Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplo: Aqui perto, numa cidade vizinha, conta- -se que havia um prefeito. A diretora recebeu em sua sala os ex- -alunos.p) NÃO SE USA HÍFEN em palavras compostas que apresentam elementos de ligação. Exemplos: Pé de moleque, pé de vento, fim de semana, cor de vinho, dia a dia, ponto e vígula, pai de todos, camisa de força cara de pau, maria vai com as outras, faz de conta.EXCEÇÕES: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-mesa, etcq) USA-SE O HÍFEN nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação.Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.ALGUNS CASOS ESPECIAIS:1) Com os prefixos "sub" e "sob", usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por "r".Exemplos: sub-região sub-reitor sub-regional sob-roda2) O prefixo "co" junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por "o" ou "h". Neste último caso corta-se o "h". Se a palavra seguinte começar com "r" ou "s", dobram-se essas letras.Exemplos: Coabitação Coerdeiro Corréu Corresponsável Cosseno Coobrigação Coedição Coeducar Cofundador3) Com os prefixos "pre" e "re", NÃO SE USA O HÍFEN, mesmo diante de palavras começadas por "e". Exemplos: preexistente reescrever reelaboração reeleger reelaborar reeducarOBS: RESTABELECER OU REESTABELECER? Alguns gramáticos defendem como forma correta restabelecer, significando que algo foi novamente estabelecido, reposto, recuperado. A palavra restabelecer é formada a partir do verbo estabelecer + prefixo re, razão pela qual alguns defendem também a grafia reestabelecer, devidamente registrada pelo VOLP.4) Na formação de palavras com "ab", "ob" e "ad", usa-se o hífen diante de palavra começada por "b", "d" ou "r".Exemplos: ab-digital ad-renal ab-rogar ob-rogar5) USA-SE O HÍFEN nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.Exemplos: Belo Horizonte -> belo-horizontino Porto Alegre -> porto-alegrense Mato Grosso do Sul -> mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte -> rio-grandense-do-norte6) USA-SE O HÍFEN nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes) tenham ou não elementos de ligação.Exemplos: bem-te-vi copo-de-leite peixe-espada mico-leão-dourado cravo-da-índia pimenta-do-reino ervinha-de-cheiro7) USA-SE O HÍFEN em compostos que tem palavras iguais, sem elementos de ligação.Exemplos: reco-reco blá-blá-blá zum-zum tique-taque cri-cri glu-glu pega-pega esconde-esconde zigue-zague pingue-pongue

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