Enfermidades do sistema Digestivo dos Ruminantes

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Aula de enfermidade que podem afetar o sistema digestivo de ruminantes.
Jaqueline Lopes
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Jaqueline Lopes
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REVISANDO:  1- Como ocorre  desenvolvimento pós natal do rúmem? Quando o bezerro nasce, o seu rumem é pouco desenvolvido, sendo de tamanho reduzido e com papilas ruminais ainda em desenvolvimento.  Nesse caso, o animal é considerado um monogástrico.  O intestino é bem permeável, possibilitando a absorção adequada das imunoglobulinas, principalmente as presentes no colostro. No momento em que o animal está se amamentando, o leite é direcionado para o abomaso, processo chamado de goteira esofágica. A partir do crescimento do animal, ocorrem mudanças anatômicas significativas, principalmente no rumém. Quando o animal começa a se alimentar de volumosos e vai diminuindo o consumo de leite, o rúmem começa a se desenvolver gradativamente. Sua superfície começa a formar tecido estratificado, sua capacidade aumenta significativamente, considerando que pode suportar na idade adulta de 150 a 250 litros. A microbiota começa a se formar por meio da alimentação, contato com outros animais, salivas entre outros. Os principais microrganismos presentes são as bactérias que compões cerca de 90% da flora, formada por bacterias ficrolíticas e amilolíticas. álem disso, o rúmem é composto por protozoários e fungos.  Por ser um ambiente repleto com microrganismo anaeróbicos, um processo de fermentação microbiana ocorre dentro do rumem. Os principais subprodutos dessa fermentação são ácidos graxos voláteis, ácidos graxos de cadeia curta, vitamina B, proteinas e gazes (CH4/ CO2). Esse processo ocorre devido a simbiose, sendo o hospedeiro bovino. Como esses microorganismos desenvolvem um papel de digestibilidade do alimento ingerido pelo bovino, o mesmo deve oferecer a eles um ambiente adequado, sem oxigenio, temperatura de 38 a 39°C, pH de 5,5 a 7,0 e substrato.  O pH é controlado pela produção de AGV, tento também a capacidade de tamponamento pela produção de saliva, tipo de alimentação e a própria ruminação do animal. Além disso, há a eliminação de ácidos pelo fluxo e absorção intestinal. Animais que possuem alimentação rico em fibra, possuem um pH alto, já os que consomem alimentos rico em concentrado, possuem um pH baixo. Os ácidos graxos voláteis produzidos no interior do rumém são acético, butirico e propiônico.                                 

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AFECÇÕES DOS PRÉ ESTOMAGOS Obstrução esofágica Indigestão simples Acidose láctica ruminal Compactação do rúmem Compactação do omaso Timpanismo gasoso Timpanismo espumoso Retículite traumática Ruminal drink AFECÇÕES ABOMASO E INTESTINOS Deslocamento de abomaso cera de abomaso Compactação de abomaso Dilatação de ceco Obstrução intestinal Indigestão vagal  

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AFECÇÕES ESOFÁGICAS Obstrução esofágica Intraluminal - Oclusão aguda - Rápida ingestão/ incompleta mastigação/ frutas e tubérculos/ ração paletizada/ corpo estranho. Intramural - Neoplasias (CCE e papilomas)/ Tumores de cádia. Extramural - Compressão esofágica - Aumento dos linfonodos mediastinos/ tuberculoses bovina/ leucose enzootica bovina/ neoplasias/ abscessos e pneumonias/ estenose congênita do esôfago. A obstrução esofágica pode se parcial ou total. Nesse processo, ocorre o estreitamento anatômico  ou funcional do esôfago, causando anorexia e dificuldade em eructar causando posteriormente um timpanismo gasoso.  Os principais sinais clínicos são de fato o timpanismo, além de aumento de volume palpável na região esofágica, disfagia, sialorréia, dispneia, taquicardia, alterações nos movimentos, decúbito, e sem intervenção veterinária causa a morte do animal. Pode ocorrer complicações como desidratação, pneumonia aspirativa, ruptura esofágica, cicatriz esofágica ( estenose esofágica), mediastinite, pleurite, pneumonia, peritonite e septicemia.  

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RUPTURA ESOFÁGICA Tem baixa ocorrência e se trata de um traumatismo na faringe. Os principais sinais clínicos regurgitação logo após a alimentação, edema e enfisema subcutâneo halitose, sangramento, dor e desconforto. AFECÇÕES ESOFAGICAS  São diagnosticadas pelo histórico do animal, achados clinico-pidemiológicos tendo como diagnóstico diferencial a raiva. TRATAMENTO Sonda Thygesen (pescador), trocaterização, em casos graves usa-se a esofagotomia e ruminotomia.  Como tratamento de suporte e a hidratação do animal, antibioticos e antiinflamatório.

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INDIGESTÃO SIMPLES Causada pelo mudança de habitos alimentares, modificação no manejo, mudança de ambiente. Ocorre com mais frequencia em animais de confinamento. Causa alteração na microbiota ruminal causando um decrescimo na função do rumem. Modificações --> mudança na microbiota ruminal --> anorexia e atonia ruminal --> decréscimo na função ruminal. Como sinais clinicos pode-se observar inapetencia ou anorexia, redução da produção de leite , diminuição da motilidade, frequencia e amplitude ruminal, ausencia de ruminação, rumem distendidoiscreto timpanismo)  consistencia amolecidas, poucas fezes ou rececadas e com alimentos não digeridos, parametros vitais normais. Diagnóstico: análise de fluido ruminal Tratamento: Fornecer substrato adequado, ajustar o pH (vinagre), restaurar a microniota (transfalnação - ido de outro animal saudável.  

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COMPACTAÇÃO DE RÚMEM, OMASO E ABOMASO Suprimento insuficiente de energia e proteína --> Microbiota do rumem --> Compromete a digestão do alimento --> prolongamento da digestão --> Dificuldade de redução do tamanho da partícula ingerida --> Maior tempo de retenção --> Acúmulo de alimento não digerido nos pré-estômagos e abomaso --> Massa compacta de material indigerivel --> Não se absorve a porção liquida. Os sinais clínicos são apatia, inapetencia ou anorexia, distenção abdominal, perda de estratificação ruminal, PRESENÇA DE ESTRUTURA COMPACTADA NA REGIÃO TOPOGRÁFICA DO ÓRGÃO MEDIANTE PALPAÇÃO PROFUNDA, hipomotilidade, discreto timpanismo, má condição corporal, sidratação, desconforto abdominal, pneia, tacpineia, fezes escassas e ressecadas. Patogenia: Órgão dilatado--> conteudo rececado--> lesão inflamatória e necrocas na mucosa do órgão--> intestino com pouco conteudo --> ruptura/peritonite. Tratamento:  Corrigir desidratação, restituir o equilíbrio ácido base, desfazer a compactação ( agentes emolientes/catárticos), e em casos mais graves faz-se a laparostomia      

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