ApoGeo 10/11 - 3° Ano

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O BRASIL NO SÉCULO XXI E A REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO e OS COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS
Ivan Souza de Melo
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3º AnoAPOGEO 10 e 11 O BRASIL NO SÉCULO XXI E A REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO e OS COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS A ZONA DA MATA NORDESTINA A Zona da Mata nordestina foi palco, desde os primórdios do processo de colonização do país, para o desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar o que persiste até os dias atuais. Fatores que contribuíram marcantemente para que essa atividade agrícola tenha se tornado tão importante na área: ● A parte oriental do Nordeste brasileiro era o espaço geográfico da colônia que se situava mais próxima da metrópole, facilitando assim o comércio marítimo. ● Essa zona fisiográfica possui um clima tropical úmido com chuvas de outono e de inverno que favorecem o cultivo desse produto agrícola. ● A existência local de uma floresta latifoliada subperenifólia contribuiu para o fornecimento de madeira destinada às construções urbanas e como fonte de energia. A GEOPOLÍTICA DO ESTADO (final da década de 1960) Na Amazônia brasileira, o Estado favoreceu a economia urbana para fins geopolíticos. O mais flagrante caso moderno foi a criação de uma área na qual o Estado tentou pela primeira vez introduzir a substituição de importações. Ao conceder incentivos fiscais federais e estaduais à produção empresarial de bens de consumo inéditos ou de produção inexpressiva no Brasil, o Estado teve claro objetivo geopolítico, implantando uma economia industrial em meio a uma região dominada ainda por uma economia mercantil em área pouco povoada e com um passado de disputas. Fonte: BECKER, B. A urbe amazônida. Rio de Janeiro: Garamond, 2013, p. 44. Adaptado. Essa área criada pelo Estado, no final da década de 1960, pertence a Rodovia Transamazônica. OS QUATRO BRASIS Poderíamos, grosseiramente, reconhecer a existência de quatro Brasis, ou seja, regiões específicas dentro do país. Num desses Brasis, verifica-se a implantação mais consolidada dos dados da ciência, da técnica e da informação, além de uma urbanização importante, com um padrão de consumo das empresas e das famílias mais intenso. Nele se produzem novíssimas formas específicas de terciário superior, um quaternário e um quinquinário ligados à finança, à assistência técnica e política e à informação em suas diferentes modalidades. SANTOS, M. e SILVEIRA, M. O Brasil. Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 268-269. Adaptado. A descrição dos aspectos geográficos mencionados individualiza o complexo regional denominado Centro-Sul. “[...] todo espaço regional é fruto de uma história geológica, geomorfológica, pedológica e hidrológica, modificado por sucessivas formas de atividades antrópicas, às vezes bastante perturbadoras.” (Aziz Ab'Sáber. Escritos ecológicos. São Paulo: Lazuli Editora, 2006. P. 34) Segundo o autor, vários são os processos que formam o espaço regional. A partir do que ele diz, pode-se perceber, nas realidades regionais, que uma região condensa em suas características a complexidade tanto dos fenômenos naturais, como da produção social do espaço.

A figura acima representa as três grandes regiões geoeconômicas, ou complexos regionais, que obedecem a critérios ligados aos aspectos naturais e ao processo de formação sócio-espacial do território brasileiro. Trata- se de uma proposta não oficial difundida entre os pesquisadores e na mídia em geral. “[...] todo espaço regional é fruto de uma história geológica, geomorfológica, pedológica e hidrológica, modificado por sucessivas formas de atividades antrópicas, às vezes bastante perturbadoras.”(Aziz Ab'Sáber. Escritos ecológicos. São Paulo: Lazuli Editora, 2006. P. 34) Segundo o autor, vários são os processos que formam o espaço regional. A partir do que ele diz, pode-se perceber, nas realidades regionais, que uma região condensa em suas características a complexidade tanto dos fenômenos naturais, como da produção social do espaço. REGIÃO NORTE DO BRASILSob fomento de políticas públicas, vários projetos agropecuários, de mineração e industriais foram desenvolvidos, a exemplo da Zona Franca de Manaus.

Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de exploração mineral na região Norte do país, com extração de manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e níquel. Os grandes projetos relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são respectivamente a Serra do Navio, Trombetas e Carajás.O gráfico abaixo mostra o percentual de municípios com taxas de analfabetismo igual ou superior a 25% da população no Brasil e por estados.

O gráfico demonstra claramente que há um descompasso entre as regiões brasileiras, pois todos os estados nordestinos aparecem no gráfico e apresentam índices superiores a média do Brasil.CRITÉRIOS DE REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIROO espaço brasileiro pode ser dividido a partir de diferentes critérios de regionalização. Um desses critérios está representado no mapa a seguir.

Disponível em: www.cienciamao.usp.br. Acesso em 24 jul. 2013. A divisão regional do Brasil, apresentada nesse mapa, está baseada no critério geoeconômico.O turismo representa um importante segmento da economia do Rio Grande do Norte. Essa atividade, explorada sobretudo na área litorânea, tem na paisagem um dos seus principais atributos. Dentre os elementos da paisagem que são valorizados turisticamente, no estado, destacam-se as dunas que se constituem em formações arenosas decorrentes da ação dos ventos. “O Rio Grande do Norte desenvolveu ao longo de sua história atividades econômicas bastante diversificadas, algumas relacionadas aos seus recursos naturais, outras às condições edafoclimáticas.”(FELIPE; ROCHA; CARVALHO, 2009,p. 76).

Disponível em:" title="Link: www.mapasparacolorir.com.br>">http://www.mapasparacolorir.com.br>">www.mapasparacolorir.com.br>. Acesso em 14 ago. 2013. [Adaptado] O mapa apresenta áreas do Rio Grande do Norte em que as atividades econômicas estão associadas aos aspectos naturais. Sendo assim a formação geológica sedimentar propicia, na área 2, a ocorrência de petróleo.

Na figura acima o número 7 indica o estado de Pernambuco, que é um estado muito rico em diversidade cultural, podemos destacar o Rei do Baião que nasceu na cidade de Exú. Merece destaque também o Carnaval de Olinda.Observe o mapa da Região Sul do Brasil

esse espaço geográfico apresenta uma vasta área ocupada por litologias magmáticas extrusivas, que geraram condições pedológicas favoráveis às atividades agrícolas regionais. a área costeira meridional possui uma morfologia, que se caracteriza pela presença de amplas lagoas costeiras de idade quaternária. ainda existe, na região, uma atividade extrativa, que explora a madeira e o carvão mineral; já o oeste desse espaço geográfico apresenta uma grande concentração de frigoríficos. o relevo regional foi dividido em três grandes compartimentos, a saber: Planície Platina, Planalto Atlântico e Planalto Arenito-Basáltico, contudo, mais recentemente, essa classificação foi revista e ampliada às unidades de relevo. As figuras abaixo representam diferentes formas de regionalizar o espaço geográfico brasileiro.

As figuras I, II e III correspondem, respectivamente, à regionalização geoeconômica, à divisão oficial segundo o IBGE e aos domínios morfoclimáticos.Observe o mapa abaixo.

Na década de 1960, foi criada a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), que redefiniu a Amazônia Brasileira. Além dessa redefinição territorial, ocorreu a renomeação da região (área hachurada no mapa acima), que passou a se chamar Amazônia Legal.O mapa a seguir apresenta a proposta de regionalização do Brasil baseada em três grandes complexos regionais ou regiões geoeconômicas.

A regionalização proposta no mapa: utiliza critérios abrangentes como o processo de formação histórico e econômico do Brasil, associado à modernização brasileira, através de suas atividades produtivas; engloba uma porção do norte de Minas Gerais no complexo nordestino, tendo em vista suas características semiáridas e o seu baixo dinamismo econômico regional. Observe os mapas do Brasil.

Nestes mapas podemos observar: Alta concentração fundiária e pouca diversificação da atividade econômica são características de um bolsão de pobreza existente no extremo sul do Brasil. A despeito de seus excelentes indicadores econômicos bem como de seu elevado grau de industrialização, a Região Sudeste abriga bolsões de pobreza. Embora Brasília detenha alguns dos melhores indicadores socioeconômicos do país, o próprio Distrito Federal e arredores abrigam um bolsão de pobreza. Observe a figura a seguir:

O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência as características socioeconômicas, relativas à população e às atividades produtivas.O sistema de organização político-administrativa do Brasil, desde o descobrimento até a atualidade, apresentou variações, evidenciadas, por exemplo, nas capitanias hereditárias, no governo geral, na monarquia, no império e na república. Um dos problemas verificados na divisão do território tem sido a multiplicação de estados, motivada pela necessidade de acomodar interesses políticos das oligarquias que continuam desequilibrando o sistema representativo, favorecendo os estados do Norte e do Nordeste, tradicionais redutos políticos de elites agrárias.

Parte do norte do estado de Minas Gerais – porção semi-árida, de economia pouco dinâmica – integra o complexo regional do Nordeste. O restante desse estado integra o complexo regional Centro-Sul, que também é composto por parte de Tocantins (Região Norte) e parte de Mato Grosso, (Região Centro-Oeste).No final da década de 1990, foi proposta uma nova regionalização para o país, conforme se pode observar abaixo.

(Santos, Milton & Silveira, Maria Laura. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.308) Essa divisão regional foi realizada a partir de critérios de concentração de meios técnico-científicos e de difusão de informações, sendo que 3 corresponde à região que concentra maior número de atividades associadas ao processo de globalização.Fonte: http://geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=capitulo_10_o_brasil_no_seculo_xxi_e_a_regionalizacao_do_territorio_e_os_complexos_regionais_brasileiros. Acesso em: 18 de set. de 2015

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