O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Como o próprio
nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado. Foi nessa época que surgiu uma nova classe
social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes. Com o aparecimento
desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se
mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram
ricos. O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e
descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu
lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus. Os
artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas. É bom ressaltar que todas essas
mudanças não ocorreram do dia para a noite.
Caracteristicas
Uso da razão, do método científico e da evidência factual em lugar de fé ou de misticismo, na busca
de soluções e respostas para as questões humanas mais importantes.
Certeza de que dogmas, ideologias e tradições religiosas, políticas ou sociais devem ser avaliados e
testados, em vez de simplesmente aceitos por uma questão de fé.
Busca da satisfação, do desenvolvimento e da criatividade, para o indivíduo e para a humanidade
em geral.
Preocupação com a vida presente e compromisso de dotá-la de sentido através de um melhor
conhecimento de nós mesmos, de nossa história, das nossas conquistas intelectuais e artísticas e
das perspectivas daqueles que diferem de nós.
Busca por princípios viáveis de conduta ética (tanto individuais quanto sociais e políticos),
julgando-os por sua capacidade de melhorar o bem-estar humano e a responsabilidade individual.
Busca constante pela verdade objetiva, levando em consideração que nossa percepção dessa
verdade é imperfeita e que ela pode ser alterada por novos conhecimentos e experiências.
Certeza de que com razão, boa vontade e tolerância, pode-se progredir na construção de um
mundo melhor para todos nós.
Gil Vicente
Antes da produção gilvicentina é praticamente impossível falar-se em teatro. A manifestação teatral
da Idade Média limitou-se à encenações de caráter litúrgico, presas aos ritos da religião católica. As
encenações religiosas apresentadas no interior das igrejas dividiam-se em
Mistério
Representação da vida de Jesus Cristo
Milagre
Representação da vida de santos
Moralidade
Representações curtas com finalidade didática ou moralizante
As encenações que ocorriam fora dos templos religiosos recebiam o nome de profanas e
apresentavam um caráter mais popular e não estavam relacionadas aos cultos católicos. Dividiam-se
em
Arremedilho ou Arremedo
Pantomima alegórica
Farsa
Sotie
Momo
Entremeze
Sermão burlesco
Écloga
Classes Sociais
A burguesia e a nobreza, classes sociais que despontam no final da Idade Média, passam a dividir o
poderio com a Igreja. É neste contexto cultural que a visão antropocêntrica se instala e influencia
todo campo cultural: literatura, música, escultura, artes plásticas.
Mercantilismo
É a prática econômica típica da Idade Moderna e é marcado, sobretudo, pela intervenção do Estado
na economia. Durante aproximadamente três séculos foi a prática econômica principal adotada
pelos países europeus, o que só seria quebrado com o questionamento sobre a interferência do
Estado na economia e o consequente advento das ideias liberais. Em resumo, o Mercantilismo era o
conjunto de ideias econômicas que considerava a riqueza do Estado baseada na quantidade de
capital que teriam guardado em seus cofres.
Principais caracteristicas
Protecionismo
Proteção do mercado interno, de forma a obter mais lucros. Ex: na Inglaterra, foi decretado por
Oliver Cromwell o Ato de Navegação, no qual as mercadorias inglesas só poderiam ser transportadas
em navios ingleses.
Metalismo
Ouro e prata significavam riqueza para as nações européias da época. As que não possuíam esses
metais desenvolviam o comércio, de forma a ter dinheiro suficiente para adquirí-los. Ex: a
colonização espanhola na América, baseada na extração de ouro.
Intervencionismo
O monarca era quem controlava a economia do país, de forma que a economia não era regida pelas
tendências de mercado, como no neoliberalismo. Ex: Luís XIV, na França, que detinham em suas
mãos o poder absoluto sobre a economia, política, sociedade, etc.
Busca por uma balança comercial favorável
Exportar mais do que importar, gerar lucro. Já que todas as nações européias estavam interessadas
em vender seus produtos, a solução foi a colonização, de forma a obter mercados