COMPARAÇÃO
Acontece quando se estabelece uma relação de semelhança entre dois seres ou fatos, atribuindo a um deles alguma (s) característica (s) presente (s) no outro.
As garças descem nos brejos que nem brisas – Manoel de Barros (“garças” e “brisa”)
METÁFORA
É uma espécie de comparação, porém emprega uma palavra com sentido diferente do seu sentido usual, baseado em relação implícita entre dois elementos.
O show de ontem parecia mais um formigueiro de tão cheio (sentido diferente para “formigueiro”).
IRONIA
Apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo, assim, um efeito crítico ou humorístico intencionalmente.
A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar de crianças (mestre).
EUFEMISMO
Consiste na tentativa de suavizar, tornar menos chocantes palavras ou expressões normalmente desagradáveis, dolorosas ou constrangedoras.
Lamentamos informar que nossa empresa está impossibilitada de honrar os compromissos financeiros assumidos com a senhora (não pagar dívidas, dar calote).
HIPÉRBOLE
É o exagero intencional a fim de intensificar a expressividade, impressionando, assim, o leitor.
Eu morro de rir com esse filme (exagero na palavra “morro”).
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
Consiste na atribuição de características próprias de seres animados a seres inanimados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada (jardim “olhando”).
ANTÍTESE
É o uso de palavras ou expressões com significados opostos, com a intenção de realçar a força expressiva de cada uma delas.
Aqui viajam 12 pneus cheios e um coração vazio (“cheios” e “vazio”).
PARADOXO
É um tipo especial de antítese em que as palavras opostas exprimem ideias que se negam reciprocamente.
Espia a barriga estufada dos meninos, a barriga cheia de vazio, de Deus sabe o quê – Carlos Drummond de Andrade (cheia de vazio).
GRADAÇÃO
Consiste na colocação de uma série de palavras ou expressões em que o sentido vai se intensificando ou enfraquecendo continuamente.
Um coração chagado de desejos; latejando, batendo, restrugindo – Vicente de Carvalho.
APÓSTROFE
É a interpelação enfática a alguém ou algo personificado.
Meu Deus, por que me abandonaste; se sabias que eu não era Deus; se sabias que eu era fraco – Carlos Drummond de Andrade (personificação de Deus).