Os primeiros românticos são conhecidos como nativistas, pois seus romances retratam índios vivendo livremente na natureza, numa representação idealizada. O índio é transformado no símbolo do homem livre e incorruptível. Nosso Romantismo apresenta como traço essencial o nacionalismo, destacando o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, e a crítica aos problemas nacionais.
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Gonçalves de Magalhães
O escritor Domingos José Gonçalves de Magalhães, o Visconde de Araguaia, nasceu em Niterói (RJ), no ano de 1811. Estudou Medicina e filosofia, concluindo seus estudos no ano de 1832. No mesmo ano, publicou a obra Poesias, considerado o precurssor do romantismo brasileiro no brasil . Suas principais obras foram, Poesias(1832), Discurso sobre a literatura no Brasil(1836), Suspiros poéticos e saudades(1836), Confederação dos Tamoios (1856).
"Quantas vezes, após o horror das trevas, No monótono gyro o sol passando, Deixou de novo em lucto a terra envolta!"(Magalhães,1858).
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Gonçalves Dias
"Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.''(Dias,1857).
Gonçalves Dias nasceu em Caxias (MA) em 1823 e morreu em 1864, vítima do naufrágio do navio Ville de Boulogne, quando retornava da Europa para o Brasil. Com quinze anos, vai a Coimbra estudar Direito. Longe do Brasil, toma contato com poetas portugueses que cultivavam a Idade Média. É considerado o primeiro poeta de fato brasileiro por dar vazão aos sentimentos de um povo com relação à pátria. Em 1843 escreve seu famoso poema Canção do Exílio, onde se percebe algumas das principais características do Romantismo: saudosismo, nacionalismo, exaltação da natureza, visão idealizada da pátria e religiosidade. Tendo como seu principal poema Canção do exilo(1857)
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Segunda Geração
O tema que fascinou os escritores da segunda geração romântica brasileira foi a morte. Nas obras dos escritores desse período está presente uma visão negativa do mundo e da sociedade, onde expressam seu pessimismo e sentimento de inadequação à realidade, pois viviam uma vida desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leitura de obras literárias, como as de Musset e Byron.
A segunda geração, também conhecida como ultrarromantismo, encontra no Brasil discípulos fervorosos, que diante do amor apresentam uma visão dualista, envolvendo atração e medo, desejo e culpa.
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Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo em 1831 e faleceu, vítima da tuberculose, em 1852. Poeta romântico por excelência, Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo e estudou na Faculdade de Direito, porém, não chegou a concluir o curso. Faleceu jovem, aos 21 anos, vítima da tuberculose e da infecção resultante de um acidente de cavalo. Pode-se dizer que sua obra possui características góticas, pois retratam paisagens sombrias, donzelas em perigo, personagens misteriosas, envoltas em vultos e véus entre outros.
''Se eu morresse amanhã,viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã!''(Azevedo, 1862)
Álvares de Azevedo
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Casimiro de Abreu
Casimiro de Abreu nasceu em Capivary (RJ) em 1839. Faleceu na cidade de Nova Friburgo no ano de 1860. Nasceu em Capivary (RJ) e aos quatorze anos embarcou com o pai para Portugal, onde escreveu a maior parte de sua obra, em que denota a saudade da família e da terra nativa.Poeta da segunda geração romântica, Casimiro escreveu poemas onde o sentimento nativista e a busca pela inocência da infância estão presentes.Pertenceu, graças à amizade com Machado de Assis, à então recém fundada Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número seis. Vítima da tuberculose, faleceu na cidade de Nova Friburgo (RJ).
''Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras, A sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais.''(Abreu, 1857).
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Fagundes Varela
Luis Nicolau Fagundes Varela (1841 - 1875) nasceu em Rio Claro (RJ). Escreveu uma das mais belas poesias da literatura brasileira em homenagem ao filho morto. Abandonou a faculdade de Direito, casou aos vinte e um anos e teve um filho. A morte do filho, aos três meses de vida, que serviu de inspiração para a composição de um dos seus poemas mais importantes, Cântico do Calvário. A este fato também é atribuida a sua entrega ao alcoolismo, levando o poeta à depressão e à vida boêmia pelos bares. Ocupante da cadeira número onze da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Lúcio de Mendonça.
''Astro, - engoliu-te o temporal do norte! Teto, - caíste!- Crença, já não vives! Correi, correi, oh! lágrimas saudosas, Legado acerbo da ventura extinta, Dúbios archotes que a tremer clareiam A lousa fria de um sonhar que é morto!''(Varela, 1863)
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Junqueira Freire
Junqueira Freire (1832 - 1855) nasceu e faleceu em Salvador (BA). Monge beneditino, sacerdote e poeta, é conhecido por seus versos em que a tensão presente na vida religiosa está presente. Faleceu jovem, aos vinte e três anos e deixou uma obra poética permeada pelo sofrimento em decorrência da saúde debilitada e da vida clerical, que impunha severas restrições ao espírito do jovem sacerdote. Foi escolhido patrono da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número vinte e cinco por indicação de Franklin Távora.
"Não, não é louco. O espírito somente É que quebrou-lhe um elo da matéria. Pensa melhor que vós, pensa mais livre. Aproxima-se mais à essência etérea."(Freire, Indefinido)
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Terceira Geração
A terceira geração é também conhecida como “O condoreirismo”, os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo, assim, a poesia social.
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Castro Alves
Castro Alves (1847 - 1871) nasceu em Curralinho e faleceu em Salvador (ambas na Bahia) em decorrência da tuberculose e de uma infecção no pé causada por acidente em uma caçada. Considerado um dos poetas brasileiros mais brilhantes, Castro Alves tem sua obra dividida em duas grandes temáticas: poesia lírico-amorosa e a poesia social e das causas humanas. Começou a escrever cedo e aos dezessete anos já tinha seus primeiros poemas e peças declamados e encenados. Aos vinte e um já havia conseguido a consagração entre os maiores escritores daquele tempo, como José de Alencar e Machado de Assis. É o patrono número sete da Academia Brasileira de Letras.
''Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!...''(Alves,Indefinido)
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Joaquim de Sousa Andrade (1833 - 1902), mais conhecido como Sousândrade, nasceu e faleceu no Maranhão, porém, viveu grande parte da sua vida entre o Brasil, a Europa e os Estados Unidos.Autor de vasta obra, seu trabalho mais importante é fruto de suas viagens, responsáveis pelo contato com realidades diferentes ao redor do mundo. O aspecto que mais o diferencia dos outros poetas brasileiros é a originalidade da sua poesia, principalmente com relação à ousadia de vocabulário com o uso de palavras em inglês e neologismos, bem como de palavras indígenas. Além disso, a sonoridade dos poemas também rompe com a métrica e com o ritmo tradicionais, o que despertou a atenção da crítica literária do século XX.
Joaquim de Sousa Andrade
"Sem as sombras dos reis filhos de Manco, Viu-se (que tinham feito? E pouco havia A fazer-se.....) num leito puro e branco A corrupção, que os braços estendia!"(Andrade,1858-1888).