Texto teatral / dramaturgia

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Ana Castro
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      O principal argumento de uma peça teatral deve ser chamar a atenção do público. O teatro foi o principal meio de satisfação de algumas necessidades humanas, tais como identificação, fantasia e catarse (purificação experimentada pelo espectador de certos sentimentos e emoções).

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      Surgiu da Grécia por volta de IV-III a.C.. Na obra “Poética”, Aristóteles, dita algumas características do teatro/dramaturgia, em que diz que o objetivo da peça é despertar no público um conjunto de emoções que o levaria a um estado de purificação, libertação (catarse).

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      Desse modo, a peça precisa de uma organização para que a catarse aconteça então, Aristóteles organizou em três unidades: a) Ação; b) Tempo; c) Espaço. Tudo é limitado ao palco. E ele diferenciou a comédia da tragédia como: a tragédia trata essencialmente de homens superiores (heróis) e a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis).

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    Outros conceitos emitidos por Aristóteles: Linguagem. Que permitiu que a História do Teatro superasse o improviso do ator e se constituísse também como literatura. Isso possibilitou, por exemplo, que os grandes momentos da história da arte dramática pudessem ser conhecidos e continuamente recriados. Encenação. Que diz respeito aos aspectos visuais da montagem: cenário, luzes, roupas, objetos de cena, que ajudam o público a localizar a obra no tempo e no espaço.  

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      Referidas hoje como “drama aristotélico”, inclui conceitos como o da anagnórise (quando um personagem descobre informações essenciais, até então desconhecidas, sobre si mesmo ou sobre outra pessoa relevante na história) e o da catarse (momento que ocorre através de uma grande descarga de sentimentos e emoções). Foi Aristóteles também quem dividiu as peças teatrais em narrativas com início, meio e fim, sempre com algum conflito e uma resolução.

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      O texto teatral pode ser escritos em poesia ou prosa e se assemelha ao narrativo quanto às características, uma vez que o mesmo se constitui de fatos, personagens e história (o enredo representado), que sempre ocorre em um determinado lugar.

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        É retratada pelos atores por meio do diálogo e dispensa a figura do narrador, utilizando além das falas: elementos de linguagem corporal, cenário, figurino e sonoplastia buscando promover uma efetiva interação com o público.

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        Dentro de um texto dramático, os actantes (aqueles que fazem a ação), superam obstáculos e conflitos para alcançarem seus objetivos. Toda ação dramática é um movimento realizado pelo actante em direção ao que ele deseja/necessita. Tudo isso é contado em uma “estrutura” de prótase (exposição do conflito), epítase (complicação do conflito) e catástrofe (resolução do conflito), que atualmente é chamada de Estrutura de Três Atos.

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        As peças de teatro podem dividir-se em actos que, por sua vez, se podem fragmentar em quadros. Os quadros, por fim, dividem-se em cenas. A extensão de cada uma das partes de uma obra pode variar em função daquilo que pretende o dramaturgo. Existem determinadas obras que são constituídas por um único acto.

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      Os gregos inventaram dois termos para designar caracteres opostos: protagonista (herói) e antagonista (vilão). O primeiro é frequentemente indicado no próprio título da peça (ex.: Medéia, Hamlet etc.).

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      “Drama é a vida sem as partes chatas”, dizia Alfred Hitchcock. Ao longo dos anos, o conceito de dramaturgia ganhou novos significados e passou a se aplicar a qualquer uso da composição dramática e da representação dos principais elementos do drama, seja nos palcos do teatro ou – hoje mais do que nunca – nas telas da TV e do cinema.

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      Alguns nomes de dramaturgos brasileiros são: Ariano Suassuna, Dias Gomes, Domingos de Oliveira, Gianfrancesco Guarnieri, Gilberto Braga, Maria Adelaide Amaral, Nelson Rodrigues, entre outros.

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    Referências:   https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-texto-teatral.htm https://www.todamateria.com.br/texto-teatral/ https://www.significados.com.br/catarse/ https://www.meusresumos.com/artes/historia-do-teatro/ https://brasilescola.uol.com.br/literatura/genero-dramatico.htm http://artesejamedioefundamental.blogspot.com/2013/03/generos-teatrais_19.html https://conceito.de/dramaturgia https://www.aicinema.com.br/o-que-e-dramaturgia/ https://oroteiristainsone.wordpress.com/2016/10/25/o-que-e-dramaturgia/ https://conceitos.com/dramaturgia/ https://www.significados.com.br/dramaturgo/ 

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    Gênero dramático¹
    Geralmente, os textos destinados ao teatro possuem uma estrutura interna básica, a saber: Apresentação: faz-se a exposição tanto dos personagens quanto da ação a ser desenvolvida. Conflito: o momento em que surge as peripécias da ação dramática. Desenlace: Momento de conclusão, encerramento ou desfecho da ação dramática.
    O Gênero Dramático (ou Teatral) faz parte de um dos três gêneros literários, ao lado do gênero lírico e épico. No entanto, o gênero dramático, como o próprio nome indica, são os textos literários feitos com o intuito de serem encenados ou dramatizados. Do grego, a palavra “drama” significa “ação”. A encenação dos textos de gênero dramático tinha o objetivo de despertar emoções na plateia, fenômeno chamado de "catarse". Principais Características Encenação cênica (linguagem gestual e sonoplastia) Presença de diálogos e monólogos Predomínio do discurso em segunda pessoa (tu, vós)

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    Gênero dramático²
    Exemplos de Textos Dramáticos Tragédia: representação de acontecimentos trágicos, geralmente com finais funestos. Os temas explorados pela tragédia são derivados das paixões humanas, do qual fazem parte personagens nobres e heroicas, sejam deuses ou semideuses. Comédia: representação de textos humorísticos que levam ao riso da plateia. São textos de caráter crítico, jocoso e satírico. A principal temática dos textos de comédia, envolvem ações cotidianas do qual fazem parte personagens humanos estereotipados. Tragicomédia: união de elementos trágicos e cômicos na representação teatral. Farsa: surgida por volta do século XIV, a farsa designa uma curta peça teatral de caráter crítico, formada por diálogos simples e representada por personagens caricaturais em ações corriqueiras, cômicas, burlescas. Auto: surgido na Idade Média, os autos são textos curtos de temática cômica, os quais são geralmente formados por um único ato.

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    As tragédias eram textos teatrais que apresentavam histórias trágicas e dramáticas derivadas das paixões humanas as quais envolveriam personagens nobres e heroicas: deuses, semideuses e heróis mitológicos. Uma característica comum: tensão permanente e o final infeliz e trágico. Os júris da tragédia envolviam pessoas escolhidas da aristocracia.
    Gênero tragédia

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    Gênero comédia
    Principais Características Textos em versos Temas cotidianos Parodia e fantasia Sátiras políticas Críticas sociais Humor e estilo burlesco Ironia e sarcasmo Personagens simples (do povo) e nobres Obscenidade e sensualidade Intrigas sentimentais Implicações filosóficas e morais
    Do grego, o termo comédia (komoidia) significava um “espetáculo divertido”.  A Comédia é escrita geralmente em versos, os personagens são pessoas comuns da polis, muitas vezes estereotipadas e caricaturadas. O júri das comédias são pessoas da plateia e o herói podia ser um palhaço, fingidor, bobo, dentre outros. Trata-se de um gênero crítico burlesco e humorado que satiriza diversos aspectos da sociedade desde os costumes, hábitos, moral, figuras nobres, instituições políticas, dentre outros. Por meio do riso do público, abordava temas relacionados ao cotidiano, e ao criticar diversos aspectos, ela tinha a intenção de despertar na plateia a dúvida, e a reflexão sobre diversos aspectos da polis e da sociedade grega.

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    Farsa
    A farsa depende mais da ação do que do diálogo; É simples, não usa alegorias; é maliciosa, grosseira e direta. Mostra gente do povo em seu ambiente familiar. Seus personagens, em número restrito, são tirados da vida urbana em desenvolvimento. Não estão investidos de requintes psicológicos, mas representam "condições" (marido, mulher, amante, patrão, empregado), ou tipos facilmente reconhecíveis tomados à burguesia (o comerciante, o advogado, o louco, o médico, o tolo, etc.). Seu esquema repousa no trapalhão, enganado por alguém mais esperto.
    A princípio consistia numa breve peça cômica, apresentada, a modo de intervalo, no meio dos mistérios (peça de longa duração sobre a história da religião), mais tarde passou a desenvolver existência autônoma.  Pretende provocar o riso sem intenção didática ou moralizante; mas sim, a partir de exageros tirados da observação da vida quotidiana. A farsa se distingue da comédia propriamente dita por não observar regras de verossimilhança e difere da sátira ou da paródia por não pretender questionar valores.

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    Auto
    Inicialmente, os autos eram encenados em templos religiosos Ao sair das igrejas, os autos passaram também a tratar de assuntos profanos. Não que havia autos religiosos e autos profanos, separadamente. O que ocorria era a coexistência dos dois elementos dentro da mesma peça. com o passar do tempo, o auto passou a ser definido como uma peça de curta duração de conteúdo religioso ou profano, burlesco e alegórico, escrito geralmente em verso. Sua característica principal é o conteúdo simbólico, cujos personagens são entidades abstratas, geralmente de caráter religioso ou moral (o pecado, a luxúria, a bondade, a virtude, entre outros). A linguagem é coloquial, e o cenário, simples. As marcações teatrais são mínimas. O maior representante luso dessa modalidade dramática é Gil Vicente, com autos que romperam os tempos e são dramatizados até hoje, como é o caso do Auto da Barca do Inferno. No Brasil, Ariano Suassuna é um dos grandes exemplos de escritores de autos, com peças importantíssimas e muito conhecidas, como em O Auto da Compadecida.

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    Fontes: - Toda a matéria - Recanto das letras - Portal educação https://www.todamateria.com.br/comedia-grega/ https://www.todamateria.com.br/tragedia-grega/ https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/ https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2118425 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-e-o-auto/34422
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