1. Questão inicial: considera a existência de duas
instâncias da memória em seu caráter social: a memória
individual e a coletiva;
Testemunho;
2. O primeiro capítulo da obra pleiteia assim que a dimensão
da memória ultrapassa o plano individual, isto é: as
memórias do indivíduo (e o acesso a elas) nunca são só
suas, e as lembranças não podem existir apartadas do
convívio social, sendo assim, da memória coletiva.
Pretende problematizar a
memória pensando-a
enquanto campo de
pesquisa;
3. As lembranças também
são coletivas - ilusão de
singularidade;
Subjetivação: jamais estamos
sós porque somos formados
por redes de conhecimento e
memória que nos ensinaram
a/do que olhar/lembrar;
"sensibilidade aprendida";
4. O passado que se reconstrói por
testemunhos é sempre parcial - ideia de
que a memória não é uma tabula rasa:
memória necessita de um elemento
ativador, que é coletivo;
Rememorar como um exercício;
5. Pertencimento com um
grupo - as memórias são
partilhadas;
6. Memória depende
do envolvimento:
exemplo do
professor; sociedades
memores e maiores;
"Quadros sociais da memória";
critérios do que será lembrado e
esquecido envolve planos da
memória; p. 51.
7. Para Halbwachs, a origem de várias
idéias, reflexões, sentimentos, paixões
que atribuímos a nós são, na verdade,
inspiradas pelo grupo; se partilha
coletivamente. O que existe de
indivídual, o autor chama de intuição
sensível;
Intuição sensível estaria
na base de toda
lembrança;
8. A memória individual trata-se assim de
uma construção feita a partir das referências
e lembranças do próprio grupo. Ela é,
portanto "um ponto de vista sobre a memória
coletiva". p.55
A análise da memória
individual deve sempre
considerar o local ocupado
pelo sujeito no interior do
grupo, e suas relações.
A memória individual
existe no partilhamento
com o coletivo; são
intrínsecas. Não é
possível ao indivíduo
recordar de lembranças
de um grupo com o qual
suas lembranças não se
identificam; p. 39
9. A constituição da memória de um
indivíduo é, portanto, uma combinação
das memórias dos diferentes grupos dos
quais ele participa e sofre influência; o
indivíduo participa assim de duas
instâncias de memória;
10. Os indivíduos conseguem distinguir seu
próprio passado. Existe um "estado de
consciência" que é "puramente individual". O
indivíduo reconstitui o passado com as suas
particularidades;
As nossas lembranças e elas
estão impregnadas das
memórias dos que nos cercam;
ainda que não estejamos em
presença destes, o nosso
lembrar, as maneiras como
percebemos e vemos o que nos
cerca se constituem a partir
desse emaranhado de
experiências;