A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se
frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente
aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
Fatores de risco
Idade principalmente acima de 50 anos;
Prevalência parecida entre ambos os sexos, sendo mais
comum em homens até 50 anos, invertendo esta relação
nas décadas subsequentes;
Indivíduos negros;
Excesso de peso;
Sedentarismo;
Ingesta aumentada de sal e álcool;
Fatores socioeconômicos e genéticos;
Tabagismo;
Fisiopatogênia
A etiologia exata para a maioria dos casos de hipertensão é
de difícil identificação, visto que é uma doença multifatorial
e por ser um sinal possui muitas causas.
Porém para que ela ocorra deve deve haver uma alteração em pelo
menos um dos fatores da equação de pressão arterial - resistência
vascular periférica (RVP) ou no débito cardiaco (DC)
Consequências
Cardíacas , como infarto, aterosclerose,
insuficiência cardíaca e angina
Acidente vascular encefálico (AVE)
Renais, como diabetes melito, doença renal
crônica
Diagnóstico
A melhor forma de realizar o diagnóstico da pressão arterial é a medida dela
pelo menos uma vez ao ano para pessoas sem histórico familiar; para pessoas
com, pelo menos duas vezes; A pessoa deverá ser investigada se apresentar
diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg
para as pressões sistólica/diastólica respectivamente;
Podem ser necessários exames complementares como o MAPA, que
realiza a medida da PA durante 24 horas.
Em idosos
O envelhecimento vascular é o aspecto principal relacionado à elevação da PA nos idosos,
caracterizado por alterações na microarquitetura da parede dos vasos, com consequente
enrijecimento arterial.
Existe uma relação direta e linear da pressão arterial com a idade, sendo a
prevalência de hipertensão arterial sistêmica superior a 60% na faixa etária acima
de 65 anos.
Brunna Silveira, Dulcicleide Rodrigues e Larrayla Cristina.
A prevenção e o tratamento da HAS baseia-se na prática de um estilo de vida saudável. Apesar de ser simples
e de aparente fácil adoção, encontra grande resistência, principalmente em idosos, pois implica mudanças de
hábitos antigos. Por isso é de extrema importância que sejam acompanhados por uma equipe multidisciplinar
e seus familiares sejam envolvidos em todo o processo, o que aumenta as taxas de adesão e as chances de
sucesso com o tratamento.
Epidemiologia
No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos
adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou
indiretamente para 50% das mortes por doença
cardiovascular (DCV).
Intervenções de enfermagem
Orientar o paciente quanto a realizar o autocuidado, para que diminua a ingesta de sal e álcool; Encorajar a realização de
exercícios físicos e a adoção de uma dieta saudável; Orientar quanto a adoção de tratamento medicamentoso, se existir;
Orientar para realizar o acompanhamento médico periódico; Orientar sobre sinais e sintomas de crise hipertensiva; Orientar para
realizar a monitoração da PA em casa; Orientar para diminuir a quantidade de produtos e temperos industrializados, trocando
por alimentos naturais;
Tratamento
A HAS não possui cura, então deve ser controlada atividade física, abandono do
tabagismo, diminuição do peso quando elevado e dieta balanceada (hipossódica, rica
em frutas e verduras) e com medicamentos como diuréticos e beta-bloqueadores;