PERÍODO ENTRE GUERRAS: CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS
(1918 - 1939)
CRISE DE 1929
Logo após a Primeira Guerra, aumento dos regimes democráticos
Ampliação do voto
Adoção do sufrágio feminino
Eleições
Partidos políticos
Divisão do Estado em Três Poderes Independentes
Nos anos seguintes, a democracia enfraqueceu
Crise econômica
Ascensão da Extrema Direita
Medo de novas revoluções socialistas
ASCENSÃO DOS EUA
Não teve o seu território prejudicado pela Primeira Guerra
Aumento da exportação de alimentos e industrializados
Emprestaram dinheiro aos países europeus depois da Primeira Guerra Mundial
Cultura influenciando o resto do mundo pelo cinema e música
Economia regida pelo Liberalismo
Crise do consumo
Os salários não acompanhavam a produção
Os países europeus se recuperavam
Crise de superprodução
Hipotecas + preços baixos = falência
Nas Bolsas de Valores, o valor das ações não correspondia ao valor real das empresas
Na política, o Liberalismo não era mudado
Grande Depressão
Motivo da Criseeconômica: Crack da Bolsa de Nova Iorque
Solução: "New Deal", Novo Acordo
(Maior intervenção estatal na economia)
A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político interno que já durava mais de trinta anos.
Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos paulistas barões do café num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros. Era a chamada política do café com leite, viabilizada pela hegemonia da oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de uma economia agrícola praticamente monoexportadora no país.
Em 1929, a quebra nos mercados acionários do mundo provocou uma forte queda nos preços internacionais das commodities. "O Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada com essas vendas", afirma o professor de História Econômica da FEA-USP, Renato Colistete.
Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo todo, prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado internacional, caiu quase 90% em um ano.
Na tentativa de conter a queda, o governo federal comprou grande parte dos estoques dos produtores, e queimou 80 milhões de sacas do produto. A ideia era queimar para diminuir a oferta e aumentar o preço internacional, porque o Brasil era o maior país exportador.
A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes grupos urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do Brasil.
O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, que se tornou presidente da República após a Revolução de 1930. Do ponto de vista político, a crise foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e para um projeto de industrialização.
O novo presidente, porém, sabia que, mesmo com o fim da oligarquia paulista, o café não podia ser deixado de lado. Assumiu, então, uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de equilibrar os preços e evitar a superprodução.
(Fonte: https://m.folha.uol.com.br/mercado/2009/10/642391-crise-de-1929-atingiu-economia-e-mudou-a-ordem-politica-no-brasil.shtml)