PNCEBT

Description

(Específicas) Flashcards on PNCEBT, created by miriansilviabr on 05/03/2014.
miriansilviabr
Flashcards by miriansilviabr, updated more than 1 year ago
miriansilviabr
Created by miriansilviabr almost 11 years ago
62
2

Resource summary

Question Answer
PNCEBT Brucelose - Doença infecto-contagiosa crônica (assim como a tuberculose). Doença do aborto, doença de Bang ou aborto contagioso ou aborto infeccioso; mal da cernelha ou da nuca; febre de Malta, do Mediterrâneo ou ondulante.
BRUCELOSE BOVINA (Brucella abortus) Acomete principalmente os bovinos e bubalinos. Os cães da fazenda podem ser acometidos.
Brucella melitensis - não foi detectada no Brasil. Os hospedeiros preferenciais são os caprinos e ovinos. Os bovinos podem ser acometidos.
Brucella suis Acomete principalmente os suínos. Os bovinos podem ser acometidos.
Brucella canis Acomete principalmente os caninos e felinos.
Brucella ovis O hospedeiro preferencial é o ovino e a manifestação clínica principal no macho é a orquite e a epididimite.
As três espécies principais, também denominadas clássicas, são subdivididas em biovariedades ou biovares. B. abortus (7 biovares); B. melitensis (3 biovares); B. suis (5 biovares).
Podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa (rugosa estrita ou mucóide). Essa morfologia está diretamente associada à composição bioquímica do LPS da parede celular, e para algumas espécies tem relação com a virulência. B. abortus, B. melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo lisa; quando evoluem para formas rugosas ou mucóides, deixam de ser patogênicas. Já as espécies B. ovis e B. canis apresentam uma morfologia de colônia permanentemente do tipo rugosa ou mucóide.
EPIDEMIOLOGIA Brucella abortus é mais prevalente no Brasil e essa prevalência é variável entre os estados. Em SC a prevalência é menor que nos estados do Centro-Oeste. Brucella abortus cocobacilo, G- (LPS), intracelular facultativo, imóvel, não forma esporos. É necessário laboratório de biossegurança 3 para a manipulação do agente.
Zoonose de distribuição universal, acarreta problemas sanitários importantes e prejuízos econômicos vultosos. Perdas reprodutivas: abortos, orquite, natimortos, nascimento de prematuros, aumento do intervalo entre partos, retenção de placenta, esterilidade. Desvalorização da atividade; barreiras do comércio internacional de animais e seus produtos; queda na produção de leite e carne. Saúde pública, a brucelose é uma zoonose.
Nos bovinos e bubalinos, a brucelose acomete, de modo especial, o trato reprodutivo, gerando perdas diretas devido, principalmente, a abortos, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, diminuição da produção de leite, morte de bezerros e interrupção de linhagens genéticas. As propriedades onde a doença está presente têm o valor comercial de seus animais depreciado; as regiões onde a doença é endêmica encontram-se em posição desvantajosa na disputa de novos mercados.
A brucelose atinge tanto o gado de corte como o gado de leite Enquanto a tuberculose é um problema mais sério para os produtores de leite. Ambas as enfermidades afetam a população de bubalinos.
As bactérias do gênero Brucella, apesar de permanecerem no ambiente, não se multiplicam nele; essas são medianamente sensíveis aos fatores ambientais. Entretanto, a resistência diminui quando aumentam a temperatura e a luz solar direta ou diminui a umidade. A pasteurização é um método eficiente de destruição de Brucella sp, assim como as radiações ionizantes. A sobrevivência de Brucella sp. em esterco líquido é inversamente proporcional à temperatura dele, pois pode sobreviver nesse material por 8 meses a 15ºC, enquanto que só resiste por 4 horas se a temperatura do material for de 45º – 50ºC.
Mecanismos de transmissão As localizações de maior freqüência do agente são: linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. .
As vias de eliminação são representadas pelos fluidos e anexos fetais – eliminados no parto ou no abortamento e durante todo o puerpério –, leite e sêmen. A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe, que elimina grandes quantidades do agente por ocasião do aborto ou parto e em todo o período puerperal (até, aproximadamente, 30 dias após o parto), contaminando pastagens, água, alimentos e fômites.
A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados . Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos, via respiratória e conjuntival. O PI da brucelose pode ser de poucas semanas e até mesmo de meses ou anos. O PI é inversamente proporcional ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada a gestação, menor será o período de incubação.
O PI também vai variar de acordo com a carga infectante (quanto maior essa, menor o PI) e do status imunológico do animal. A transmissão pelo coito parece não ser de grande importância entre bovinos e bubalinos. Na monta natural, o sêmen é depositado na vagina, onde há defesas inespecíficas que dificultam o processo de infecção.
Touro infectado não pode ser utilizado como doador de sêmen; isso porque, na inseminação artificial, o sêmen é introduzido diretamente no útero, permitindo infecção da fêmea com pequenas quantidades do agente, sendo por isso importante via de transmissão e eficiente forma de difusão da enfermidade nos plantéis. A transferência de embriões – realizada segundo os protocolos internacionalmente preconizados de lavagem e tratamento para a redução da transmissão de agentes infecciosos –, não apresenta risco de transmissão de brucelose entre doadoras infectadas e receptoras livres da doença.
Fêmeas nascidas de vacas + podem infectar-se no útero, durante ou logo após o parto. Quando infectadas, geralmente abortam na 1° prenhez, e só apresentam resultados + para os testes sorológicos no decorrer da gestação. Esse fenômeno ocorre em frequência baixa, porém, apesar de não impedir o avanço do programa, invariavelmente acarreta considerável retardo na obtenção de bons resultados dele. Várias espécies domésticas ou silvestres são suscetíveis à infecção por B. abortus, entretanto, são consideradas como hospedeiros finais da infecção, pois não transmitem o agente novamente aos bovinos.
As espécies com alguma importância na epidemiologia da brucelose bovina, podem ser citadas: os equídeos, que podem apresentar lesões articulares abertas, principalmente de cernelha; os cães, que podem abortar pela infecção; e os saprófagos, pela possibilidade de levar restos de placenta ou feto de um lugar para outro. A principal forma de entrada da brucelose em uma propriedade é a introdução de animais infectados. Por essa razão, deve-se evitar introduzir animais cuja condição sanitária é desconhecida. O ideal é que esses animais procedam de rebanhos livres ou, então, que sejam submetidos à rotina diagnóstica que lhes garanta a condição de não infectados.
Show full summary Hide full summary

Similar

Redação oficial
Luanna Cavalcanti
Equipes de Atenção Básica para populações específicas
Rafael Ramos7071
LEI 8027 - 12 de abril de 1990
miriansilviabr
2. SISTEMAS PROCESSUAIS
Jackson Júnior
propriedades da matéria
ana clara sabino
LEI Nº 8.027 de abril de1990
miriansilviabr
Redação oficial
Junior Lima
Redação oficial
Rodrigo Pessoa
Redação oficial
Allan Douglas
Redação oficial
Danielle C
Redação oficial
alan muller