Eu nasci num lar religioso e cresci cumprindo rigidamente todos os rituais e princípios para ser uma boa religiosa. Frequentei um grupo religioso todos os finais de semana, sem, contudo, entender muito bem o sentido real da religião. Eu fazia questionamentos para Deus, sobre a vida, o mundo, a existência humana enfim, mas eu não achava resposta.
Apesar de todo conhecimento religioso que me passaram, eu me achava uma pessoa rejeitada, inferior e desprovida de beleza e inteligência.
Lembro que eu até me comparava com a minha irmã mais velha que era muito bonita e inteligente e chamava atenção por onde passava.
Em meio a tudo isso, continuei frequentando o meu grupo religioso. Só que um certo dia compartilharam a seguinte mensagem que está na Bíblia, no livro de Mateus 10.32, 33 e que tocou meu coração. Este texto diz: “Se uma pessoa afirmar publicamente que pertence a mim, eu também, no Dia do juízo, afirmarei diante do meu Pai que esta no céu, que ela pertence a mim. Mas, se uma pessoa disser publicamente que não pertence a mim, eu também, no Dia do juízo, direi diante do meu Pai, que está no céu, que ela não pertence a mim”.
No exato momento desta leitura, comecei a questionar ‘a quem realmente eu pertencia’. Isso foi muito forte para mim, pois a dúvida do pertencimento me inquietou e me levou a concluir que na verdade eu estava perdida e que se eu morresse a qualquer instante, meu destino seria duvidoso.

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